O governo brasileiro publicou um decreto que oficializa a cooperação com a China para o desenvolvimento do satélite CBERS-6. Esse protocolo, assinado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, reforça a parceria histórica entre os dois países no setor espacial.
Detalhes do Acordo para o Satélite CBERS-6
De acordo com o documento, Brasil e China dividirão os custos e as responsabilidades de forma igualitária (50% cada). O CBERS-6, que tem como principal objetivo o monitoramento terrestre, será lançado em 2028 a partir do território chinês. Essa iniciativa responderá à crescente demanda por imagens e dados para diversos setores, como agricultura, meio ambiente e gestão de recursos hídricos.
Responsabilidades de Cada País
- Brasil: Ficará responsável pelo fornecimento do módulo de serviço, bem como pela Montagem, Integração e Teste (AIT) do satélite. Além disso, o país cuidará do Sistema de Coleta de Dados.
- China: O país asiático fornecerá a carga útil e realizará o AIT correspondente. A integração final e a campanha de lançamento ocorrerão utilizando um veículo da família Longa Marcha.
Essa divisão equilibrada reflete o princípio de investimentos proporcionais e assegura igualdade de direitos no uso dos dados e operações do satélite.
Coordenação e Vigência do Protocolo
Segundo a assinatura do protocolo, as principais entidades envolvidas são o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Agência Espacial Brasileira (AEB), pelo lado brasileiro, e a Administração Espacial Nacional da China (CNSA), pelo lado chinês. O acordo tem validade de dez anos, a contar de 6 de fevereiro de 2025, e fortalece a base dos projetos anteriores que deram origem aos satélites CBERS-1, 2, 2B, 3, 4 e 4A.
Por sua vez, o Congresso Nacional já aprovou a ratificação do protocolo por meio do Decreto Legislativo nº 274, de 23 de dezembro de 2024. Essa etapa legislativa garantiu o suporte necessário para a implementação dessa cooperação estratégica.
Impactos do CBERS-6 no Setor Espacial e Tecnológico
O desenvolvimento do CBERS-6 representa um avanço significativo na área de tecnologia espacial. Em consequência, espera-se que a iniciativa:
- Amplie a capacidade de monitoramento terrestre;
- Contribua para o aprimoramento de métodos para coleta e análise de dados;
- Estimule futuras parcerias internacionais no setor de satélites.
Além disso, essa colaboração entre Brasil e China respalda um histórico de cooperações bem-sucedidas na área, evidenciando a importância dos investimentos em tecnologia para alavancar soluções inovadoras que beneficiem o desenvolvimento nacional.