O setor de telecomunicações no Brasil investiu R$ 34,6 bilhões em 2024, conforme dados divulgados pela Conexis Brasil Digital. O investimento é direcionado principalmente à ampliação da cobertura 5G e à expansão da banda larga fixa.
Detalhes do Investimento
Os dados foram revelados em um relatório que destaca a evolução dos investimentos no setor nos últimos anos. No quarto trimestre de 2024, os aportes alcançaram R$ 9,7 bilhões. O aumento no financiamento reflete a prioridade das operadoras em expandir a infraestrutura tecnológica no país.
Crescimento da Cobertura 5G
O número de antenas 5G instaladas dobrou em 2024, passando de 18.408 em dezembro de 2023 para 37.639 ao final de 2024. Além disso, o número de cidades com a tecnologia 5G disponível cresceu 131%, alcançando 812 municípios. Estima-se que cerca de 70% da população brasileira reside em áreas atendidas por essa nova tecnologia.
Acessos à Banda Larga Fixa
Na banda larga fixa, o Brasil encerrou o ano com 52 milhões de acessos, um crescimento de 10,1% em relação ao ano anterior. A maioria dos acessos utiliza redes de fibra óptica, que também apresentaram um aumento significativo de 13,5% no período. O Nordeste se destacou com um crescimento de 15,7% nos acessos por fibra.
Impacto no Setor Móvel
A quantidade de celulares com acesso à tecnologia 5G também dobrou, passando de 20,5 milhões para 40 milhões em um ano. Dessa forma, os acessos 5G superaram pela primeira vez os da tecnologia 3G, o que indica uma mudança significativa nos padrões de conectividade do país.
Velocidade da Internet
A velocidade média da internet fixa atingiu 440 Mbps em 2024, um aumento que pode ser atribuído aos recentes investimentos em infraestrutura de rede. Esse avanço proporciona não apenas uma melhor experiência para os consumidores, mas também impulsiona o desenvolvimento de setores dependentes da conectividade.
Análise de Tendências Futuras
Apesar das flutuações nos investimentos nos últimos anos, a Conexis destaca que o nível de investimentos em 2024 está alinhado com as expectativas do setor. Marcos Ferrari, presidente-executivo da entidade, mencionou que o investimento reflete um processo natural de acomodação após o pico de implantação de novas tecnologias em 2022.