Com o Direct-To-Device seu smartphone pode se conectar via satélite. Descubra agora o que é essa tecnologia, seus benefícios e desvantagens

O que é Direct-to-Device (D2D) e como funciona essa tecnologia?

O Direct-To-Device, uma das inovações tecnológicas mais recentes em telecomunicações? Ela conecta satélites de baixa órbita direto aos celulares. Por isso, não precisa de estruturas terrestres e, portanto, até áreas remotas ganham acesso à internet e telefone.

Com tradução para “Direto para o Dispositivo” em português, no D2D os satélites de baixa órbita (LEO) mais próximos da Terra fazem a conexão direta com dispositivos móveis. O sistema funciona com smartphones, carros e dispositivos IoT, contanto que haja compatibilidade nos aparelhos.

Como funciona a tecnologia Direct-To-Device?

O funcionamento do D2D é bem simples. Primeiramente, satélites de baixa órbita enviam sinais direto aos celulares. Então, é possível realizar ligações e navegar na internet e também pode receber alertas de emergência importantes, inclusive em áreas remotas.

Existem dois tipos de espectro para essa comunicação. O primeiro usa frequências MSS (Serviço Móvel por Satélite). Nesse caso, a conexão é totalmente independente. Não é necessário o uso de torres terrestres e, consequentemente, há menos interferências no sinal.

O segundo tipo usa espectro LMS (Serviço Móvel Terrestre). Assim, reutiliza frequências das operadoras móveis, onde os satélites funcionam como “torres no espaço”. No entanto, precisa de parceria entre empresas de satélite e operadoras.

A mudança entre redes acontece de forma automática. Então você não percebe quando sai da torre terrestre e a conexão com os satélites é transparente. Nela, o próprio aparelho móvel escolhe o melhor sinal disponível sem nenhuma configuração especial.

Quais são as vantagens da conexão D2D?

O D2D traz muitos benefícios importantes. Ele expande a cobertura de sinal significativamente. Assim, regiões remotas ficam conectadas. A independência de operação é outro ponto forte. Ou seja, funciona sem torres terrestres próximas, facilitando a comunicação em emergências, bem como a conexão entre viajantes. Tudo com proposta de oferta de sinal de qualidade.

O agronegócio é mais um setor que se beneficia muito dessa tecnologia. Produtores acessam dados meteorológicos em tempo real. Isso facilita o monitoramento do preços de commodities remotamente e por isso, ajuda na tomada de decisões mais precisas.

Quais as limitações do Direct-To-Device?

O D2D ainda enfrenta alguns desafios importantes. Inicialmente as questões regulatórias precisam de solução. Cada país tem regras diferentes para a operação do espectro e as operadoras aguardam aprovações governamentais.

A capacidade atual é limitada também. No momento, apenas os SMS funcionam bem. As ligações básicas de voz, bem como dados móveis correm o risco de sofrer interrupções constantes por causa da movimentação dos satélites. E também a velocidade é menor que 5G terrestre e os aparelhos antigos podem não ser compatíveis.

O custo também é um fator limitante. Constelações de satélites precisam de bilhões em investimento. Portanto, os serviços devem chegar devagar ao mercado e com alto custo.

Quais aparelhos funcionam com D2D?

Vários modelos de smartphone já são compatíveis. O importante é ter suporte para padrões LTE ou 5G. Os dispositivos com selo NTN (Non-Terrestrial Networks) também apresentam compatibilidade. Por exemplo, o Direct-To-Device pode funcionar no Galaxy S22, iPhone 13 e Moto G4 Plus. Além disso, aparelhos mais novos como Galaxy A15 5G e Google Pixel 9 também são compatíveis. Ou seja, a maioria dos celulares atuais já funciona com essa tecnologia.

Mas alguns modelos têm limitações específicas. Alguns deles podem enviar apenas SMS simples e não conseguem mandar fotos ou vídeos. No entanto, isso pode ser melhorado com atualizações de software.

Principais empresas no mercado D2D

Três empresas lideram essa tecnologia globalmente. A Starlink de Elon Musk tem 2.016 satélites planejados, oferecendo cobertura mundial ampla.

A Lynk World completa o trio principal. Ela já realizou a primeira ligação D2D comercial. Sua constelação terá 5 mil satélites quando completa.

Por fim, a AST SpaceMobile também se destaca muito. Além disso, tem parceiros como Vodafone e AT&T. No Brasil, Claro e TIM testam essa tecnologia.

O futuro da conectividade universal

Com o avanço da tecnologia e a colaboração entre operadoras de satélite e empresas de telecomunicações, espera-se que o D2D se torne uma solução viável e amplamente adotada.  Proporcionando assim, conectividade móvel em áreas antes inacessíveis.

A tecnologia D2D representa um passo significativo na evolução das comunicações móveis, oferecendo uma alternativa eficaz para superar as limitações da infraestrutura terrestre e expandir a cobertura de rede para regiões remotas e de difícil acesso.

À medida que a implementação do D2D avança, é provável que vejamos uma transformação na forma como nos conectamos, com uma rede de comunicações mais resiliente, abrangente e acessível.

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